Nas conversas com os responsáveis, durante as matrículas, ficou muito claro um completo desalento. Estamos vivendo um momento histórico conturbado em termos de Educação Inclusiva, teoricamente a filosofia é praticamente perfeita, mas na prática estão todos muito preocupados, inseguros e com poucas condições para que de fato possam torná-la realidade.
Os pais relatam a boa vontade dos funcionários que cercam as crianças nas escolas regulares, contudo observam uma enorme falta de preparo destes profissionais e poucas condições efetivas para que a real inclusão aconteça (falta de materiais, rigidez de ações, salas com muitos alunos...) Afirmam que as crianças passam muitos momentos completamente ociosas nas salas de aula, que o pouco que aprendem muitas vezes se resume a integração social. Com muita simplicidade afirmam que o movimento de inclusão não pode ser entendido como eliminação dos serviços de Educação Especial. Ainda é necessário e talvez sempre seja...
A abertura da escola para novos grupos sociais é um passo importante, mas não é o único. É preciso abertura para novos conhecimentos, novos diálogos...A democratização do ensino não pode ser pensada como massificação. É preciso parar de procurarmos culpados, literalmente “levantar as mangas” e criar novas possibilidades de troca de conhecimentos. A ideia é de que este blog contribua para isto.
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