terça-feira, 21 de junho de 2011

Baixa visão

           Em relação à baixa visão sabemos que quanto mais a criança olha, utiliza sua visão, mais eficientemente será capaz de funcionar visualmente. Parto do princípio que esse processo é gradual, desenvolvido por etapas: usar a visão, ver e compreender o que se é capaz de enxergar, aproveitando o potencial nas atividades educacionais e experiências cotidianas.
           Na EMEF Jorge Americano  proporciono atividades em que os alunos investiguem seus próprios objetos, a própria sala de aula, ou seja, utilizando a visão de uma forma significativa e ecológica. 
           Ações que possibilitam um trabalho mais eficiente com os alunos de baixa visão:

  • Adequar a ampliação de acordo com a necessidade do aluno* (não ampliar mais do que necessite e menos do que precise);
  • Proporcionar ao aluno a escolha da distância e a posição de material de leitura;
  • Na utilização de recursos para longe, o aluno deve se sentar a uma distância fixa da lousa de aproximadamente 2 metros;
  • Utilizar suportes para leitura que elevam o material e proporcionam melhor postura para as atividades de leitura e escrita;
  • A sala de aula deve estar iluminada de forma uniforme, evitando sombras ou áreas escurecidas;
  • A iluminação natural é sempre aconselhável. Se não for suficiente deve-se usar uma luminária com luz direta/indireta;
  • Partir de elementos do ambiente para estimular a visão e favorecer o aprendizado;
  • Em explicações mais complexas, convidar o aluno a ficar ao lado da lousa,  acompanhando a explicação;
  • Possibilitar o acesso do aluno ao livro didático em tipos ampliados;
  • Utilizar a letra de imprensa maiúscula, cadernos com pauta ampliada e lápis 6 B, no início da alfabetização, sempre que necessário;
  • Em caso do uso de folhas mimeografadas nas séries iniciais, sugere-se que os traços sejam reforçados com caneta hidrográfica preta;
  • Utilizar melhor contraste na elaboração do material escrito e gráfico;
  • Associar visão e tato no trabalho com mapas e figuras em relevo, maquetes e outros objetos tridimensionais;
  • Possibilitar que algumas atividades sejam feitas com carbono, pois com esse material os familiares poderão ajudar o aluno deficiente visual a completar as tarefas escolares;
  • Escrever na lousa com letra maior e boa organização.
  • Coloque a mesa da criança perto da mesa do professor, do quadro-negro e da porta da sala de aula;
  • Estimule os alunos cegos ou com  baixa visão a usarem equipamentos auxiliares de tecnologia (óculos, ampliadores,telescópios);
  • Permita que a criança troque de lugar nas diferentes atividades, aumentando as oportunidades de ver e de ouvir; 
  • Elimine barulhos desnecessários;
  • Coloque os materiais em locais determinados, de forma que os alunos saibam onde cada item em particular, é em geral, guardado;
  • Mantenha as programações rotineiras para que o aluno saiba o que esperar no dia e na hora específicos;
  • Não saia da sala de aula sem avisar o aluno;
  • Explique as regras implícitas e explicitas para conduzir as os jogos e as situações sociais;
  • Estimule os alunos, com deficiências visuais a expressar suas necessidades visuais;
  • Repita oralmente as informações escritas no quadro-negro ou em uma projeção e dê ao aluno uma versão escrita.
  • Acredite que ele realmente pode se desenvolver!



        * Para meus alunos costumo adaptar algumas atividades enviadas pelos professores do ensino regular.